MODELO DE NICÓSIA E MODELO DE HOWARD E SHETH


MODELO DE NICÓSIA  E MODELO 
DE HOWARD E SHETH 
Comportamento do Cliente - Juliana

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2.2.1  MODELO DE NICÓSIA (1966)

Sendo considerado  o  maior  expoente  da  abordagem  eclética,  Francesco  Nicósia  compilou  em sua obra de 1966 uma profunda revisão teórica das ciências do comportamento com  foco  no comportamento do indivíduo enquanto consumidor.
Para Nicósia (1966),  o  comportamento  de  compra  é  um  dos  vários  componentes  de  um complexo processo de decisão. Essa ênfase no processo decisório e não no ato de compra em si, foi um dos grandes  diferenciais  propostos  por  Nicósia  (1966)  e  uma  das  linhas  mestre  do  modelo proposto por ele. Como pode ser observado na Figura 1, para Nicósia (1966), as decisões de um consumidor são oriundas de um processo que pode ser dividido em campos de atividade.



O modelo preconiza que o comportamento de compra tem como antecedentes a pesquisa e a avaliação de informações e que  estas são precedidas pela  exposição a uma mensagem formulada pelo vendedor/fornecedor, ou seja, de cunho publicitário. Dentre  os  pontos  fracos  atribuídos  ao  modelo  de  Nicósia  (1966),  incluem-se  a  distinção entre certas variáveis, tais como as atitudes e motivações, que não é consistente com outros estudos, a  falta  de  detalhamento  entre  a  relação  da  mensagem  de  atributos  (do  produto/fornecedor)  e  o consumidor e, finalmente, a progressão do ato de compra genérico para uma motivação específica que implica na orientação do modelo para bens duráveis ou pouco conhecidos pelos consumidores (Fazio, 1990; Foxall, 1980).


2.2.2  O MODELO DE HOWARD E SHETH (1969)

O  modelo  de  comportamento  do  consumidor  de  Howard  e  Sheth  (1969)  é  um  dos  mais utilizados  e  discutidos.  Destina-se  a  explicar  o  comportamento  de  compra,  e,  em  particular,  o processo  de  comparação  entre  diferentes  produtos  ou  marcas,  com  base  em  três  pressupostos:  a racionalidade  do  comportamento,  o  caráter  sistemático  do  processo  de  avaliação  e  decisão  e  a ocorrência de qualquer fenômeno externo que venha a causar impacto no indivíduo, provocando o comportamento de compra. Com  base  nestes  pressupostos,  o  modelo  explica  o  processo  por  meio  do  qual  o consumidor é transformado pelos mecanismos de aprendizagem e pelos estímulos  comerciais e de Marketing  (entradas) e as reações que são provocadas por esses estímulos (saídas).  Assim, Howard e  Sheth  (1969)  argumentam  que  o  consumidor  realiza  uma  busca  ativa  de  informações  sobre  os produtos  e  também  uma  comparação  entre  as  diferentes  alternativas,  o  que  se  traduz  em aprendizagem.
O  modelo  identifica  quatro  tipos  de  variáveis  ou  construtos  envolvidos  no  processo  de comportamento do consumidor: variáveis de entrada, variáveis de saída, construções hipotéticas e as variáveis exógenas, como demonstrado na Figura 2.

Em comparação com outros modelos de comportamento do consumidor que consideraram apenas  a  compra,  o  modelo  de  Howard  e  Sheth  (1969)  incorpora  cinco  saídas  que  aparecem  na sequência: atenção, compreensão da marca, atitude, intenção e compra. Os autores entendem que o processo de compra é orientado, principalmente, pelo desejo de comprar um produto e, em seguida, por  um  processo  de  busca  de  informação  e  comparação  das  alternativas  disponíveis,  formando assim uma atitude em relação a cada uma delas. Esta atitude é a base da intenção de compra que conduzirá a um comportamento de consumo específico.